É comum ouvir a expressão popular "quem não tem dentes do siso, não tem juízo", mas a verdade científica é bem diferente. Nem todas as pessoas desenvolvem os dentes do siso ao longo da vida.
Noutras circunstâncias, mesmo quando os dentes do siso existem, nem sempre se tornam visíveis. Em muitos casos não irrompem a gengiva e ficam “escondidos” dentro do osso maxilar. Isso pode levar a que a sua presença passe despercebida sem exames, como a ortopantomografia (radiografia panorâmica), que permite observar a sua posição e desenvolvimento.
Devido à sua localização no fundo da boca, os dentes do siso são de difícil acesso na rotina da higiene oral. Por isso, é muito comum que acumulem restos alimentares e placa bacteriana, o que pode levar ao desenvolvimento de cáries, infeções como abcessos e até quistos. Esses problemas não só causam dor e desconforto como também podem afetar os dentes vizinhos.
Em alguns casos, os dentes do siso são extraídos de forma preventiva. O médico dentista pode, através de exames e avaliações, antecipar possíveis complicações futuras como a falta de espaço na arcada, pressão sobre os outros dentes ou a formação de infeções. A extração preventiva é uma forma de proteger a saúde oral de forma proativa, evitando problemas maiores no futuro.
Assim, embora os dentes do siso façam parte da dentição de muitas pessoas, a sua presença e necessidade variam bastante. Mais do que uma questão de “juízo”, os sisos devem ser avaliados com base na saúde e funcionalidade. Em caso de dúvida, a melhor solução é consultar o seu dentista que poderá indicar o melhor plano de acompanhamento ou tratamento.
19 de Maio de 2025